segunda-feira, 21 de março de 2016

Entrevista com Flávia Padula

A querida e talentosa Flavia Padula respondeu algumas perguntinhas sobre o seu trabalho e sobre o tão aguardado livro "O Yankee" que sairá do forninho agora em abril. "O Yankee" é o segundo livro da "Série Casamento Arranjado", cujo primeiro livro foi o maravilhoso "O Duque", que já está com a resenha aqui no blog. Vamos conhecer um pouco mais desta incrível escritora?



1 - O duque foi um dos melhores livros que eu já li. Qual foi a sua inspiração para escrever a história?

Primeiramente quero lhe agradecer por essa oportunidade de falar sobre o meu trabalho e segundo: fico imensamente feliz que tenha gostado do livro.
Bom, o primeiro livro histórico que eu escrevi chamava-se A RAINHA NEGRA. Dele saiu todos os outros que tenho escrito, inclusive, O Duque. Philip nasceu quando eu tinha acabado de ler sobre a Revolução Francesa, era para ele ser o braço direito de Napoleão, mas daí ficaria complicado ele ser casar com uma inglesa numa França em Guerra com a Inglaterra, então eu tive que antecipar o amor deles uns de dez anos. E a Victoria foi uma metáfora da rivalidade que existia entre França e Inglaterra, porque eu precisava de uma mulher que fosse o oposto de Philip e que o enfrentasse, então nada melhor de que uma inglesa para se opor a um francês.

2 - O próximo livro será lançado em breve, o que podemos esperar?

Eu estou mais ansiosa do que todos para o lançamento do livro O Yankee. Vou contar um segredo, ele é meu xodó. Levei tempo escrevendo-o, e o fiz com muito amor, na mesma época que O Duque. Tanto Maximilliam quanto Helena tem personalidades fortes e um passado conflituoso, não vai ser fácil unir esses dois. Mas o leitor pode esperar personagens intensos, apaixonados pela vida e dispostos a tudo para serem felizes...

3 - Quantos livros você pretende escrever nesta coleção?

A principio são três livros: O Duque, o Yankee e o O Plebeu. Mas reescrevendo O Yankee já surgiu ideia para mais um, mas ainda estou amadurecendo a história, quem sabe... Mas por enquanto são três livros.

4 - Você tem algum ritual na hora de escrever?

Não. Escrevo em qualquer lugar ou tempo, com ou sem barulho, escrever para mim é mais que um dom, é uma forma de respirar, de viver. Mas adoro escrever com música, todos os meus livros tem trilha sonora. Ah, e se tiver uma xícara de café, então está perfeito.

5 - O que seus filhos acham da Flávia escritora?

Adoram. Eu e minha filha de 14 anos trocamos figurinhas sobre as personagens, tanto dos livros que lemos, quando dos meus livros ou contos. Todos os prêmios que ganhei, eles foram ouvintes dos textos e davam suas opiniões sinceras. É muito bom ter essa troca com as pessoas que amamos, traz segurança na hora de escrever, fortalece a sua fé no trabalho.

6 - Qual a importância da literatura na sua vida?

Pergunta maravilhosa essa.
Eu tenho tatuado nas costas uma Borboleta Azul, devido aos três contos premiados no ano passado que tinha a borboleta como fundo, a literatura para mim está sob a pele. Escrevo e leio desde os cinco anos, meu primeiro livro foi Era Uma Vez Um Tirano, Ana Maria Machado, nunca parei de ler. Escrevi meu primeiro livro aos onze anos e tenho incontáveis volumes prontos. A literatura para mim é a melhor forma de expressão do individuo, trazendo para o mundo histórias silenciadas pelo tempo. Todo livro, por mais imaginário que seja, tem uma vaga lembrança de realidade, algo que de algum modo vivemos, ou vimos ou ouvimos e com mágica colocamos no papel. É essa a importância da literatura para mim: levar para as pessoas novos pensamentos, universos escondidos no DNA.

7 - Como foi o processo de desenvolvimento do livro O Yankee?

Eu não tenho um sistema de escrita, muitas vezes começo pelo fim do livro e depois vou desenvolvendo. Às vezes vou para o primeiro capítulo e crio um décimo quinto em seguida. As ideias vão fluindo, eu deixo as personagens tomarem vida própria, não lhes dou regras. Contos já viraram livros e com o Yankee foi assim, eu tinha acabado de ler sobre a Guerra da Independência dos EUA e eu escrevi o conto que as personagens principais se encontram pela primeira vez, daí o conto virou capítulo e foi fluindo ao som de Joe Cocker. E vou te contar um segredo, eu havia perdido o arquivo do Yankee porque na época meu computador havia pifado. Fiquei imensamente triste porque não tinha salvado em disquete (olha que antigo). Há alguns anos por acaso mexendo em cd’s, eu o encontrei salvo ali, lindo e maravilhoso, até chorei!

9 - Quais os seus livros preferidos?

O livro que eu mais amo nessa vida é Uma Obsessão Indecente, da Collen Mccullough. São muitos, eu já li livros demais nessa vida, mas outro que também tenho com carinho é Rebecca, Daphne Du Maurier e o Mundo Sem Fim, do Ken Folet. Esses eu amo mesmo.

10 - Você tem algum avatar para o Duque e a Victória?

Ainda não. Mas vou pensar no assunto!

Incrível esta entrevista né?
Consigo sentir em cada palavra da Flávia o grande amor e dedicação que ela tem pela literatura e certamente isso se reflete nas incríveis histórias que ela escreve.
Gente! O Brasil tem grandes escritoras e escritores, precisamos conhecer mais estas preciosidades da nossa terra. É muito talento!

Obrigada Flávia você é uma amada e cheia de talentos, tenho certeza que a sua estrelinha vai brilhar cada vez mais.

Karina Camatti

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